![](http://i.s8.com.br/images/cds/cover/img2/1652182_4.jpg)
Com bastante atraso, pego hoje para ouvir pela primeira vez "Carrossel" do Skank tendo como única referência o que li a dois meses numa Bizz e pouco me recordava, senão que o álbum era o fim da trilogia iniciada em "Maquinarama" e que teve resultado espetacular em "Cosmotron". Não quis me influenciar mais antes de ouvir, copiei tudo pro mp3 player e fui fazer minha caminhada diária (ou "ouvir música andando", como bem definiu o Lips).
Assim como nos anteriores, as músicas se sucedem como um emaranhado de tópicos de uma enciclopédia musical citando múltiplas referências a cada faixa. Algumas destas referências soam propositais como a guitarra em primeiro plano ao estilo Weezer de "O Som da sua Voz", a guitarra típica de trilhas de western da saideira "Um Homem Solitário" ou o discreto banjo a la Travis que passeia por "Notícia" e "Balada pra João e Joana". Outras beiram a plágio involuntário como o refrão de "Lugar" que lembra bastante a versão Joe Cocker de "With a Little Help From My Friends". Pecado algum, uma vez que as melodias mais ganchudas acabam sempre sendo as mais simples e por isso mesmo lembram algo já criado. Ainda tem a interessantíssima "Panorâmica" que o mixador inglês Ben Findlay definiu como "Clash meets Pink Floyd", a propósito da guitarra linear versus ambiências estranhas (isso eu roubei da BIZZ que voltei a foliar agora). Inventividade não falta ao disco que alterna na já citada "Notícia" climas country/folk e drum'n'bass orgânico (tocado mesmo, sacou!?).
Disco pra cima, como bem sabe fazer o Skank mas que em nada lembra a banda dos tempos de sucesso sufocante de "Garota Nacional" ou "É uma Partida de Futebol". E a grande curiosidade é que mesmo tendo apenas boas faixas de rock como "Até o Amor Virar Poeira" e a sessentona "Garrafas", o disco nunca perde a cara do Skank que com este álbum parece ter conseguido fincar definitivamente sua nova faceta.
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